segunda-feira, 6 de maio de 2019

Tenho poucos colegas que exercem atividades agrícola. Mas você sabe o que significa que este ano vou plantar um alqueire de feijão? O mais interessante é que não sendo uma medida padrão, apesar do mesmo nome, os valores não são idênticos. Por exemplo, o alqueira mineiro corresponde a uma área de 4,84 hectares. Já o alqueire baiano, ali vizinho, corresponde 9,68 ha. Mas quem comprar um terreno baratinho no norte pelo mesmo preço que compraria em minas, estaria perdendo dinheiro pois o alqueire do Norte equivale a 2,72 ha. Podemos ver uma relação enorme de valores diferentes de alqueire mesmo sendo no Brasil. Assim o algueiro goiano é igual a 48.400 m².
Mas de onde vem esta palavra alqueire?
Segundo o Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Alqueire)  Alqueire (do árabe al kayl) designava originalmente uma das bolsas ou cestas de carga que se punham, atadas, sobre o dorso e pendente para ambos os lados dos animais usados para transporte de carga. Logo, o conteúdo daquelas cestas ou bolsas, mais ou menos padronizadas pela capacidade dos animais utilizados no transporte, foi tomado como medida de secos, notadamente grãos, e depois acabou designando a área de terra necessária para o plantio de todas as sementes. Este foi o grande problema: alqueire de quê? 
Esta história, puxa outra. Em Fortaleza, uma moça que anda muito pronta, pintada, maquiagem,  vaidosa, bonitinha, era chamada na época da segunda guerra ispilicute.
A questão era que durante a segunda guerra mundial, os americanos tinham um base aérea em Fortaleza. Claro que devida a presença dos gringos, as moças se aprontavam para paquerar. O americanos então as qualificaram como "she is pretty cute", ou seja, hoje seria "gatinha". Daí veio a acunha de ispilicute. Naquela época se aportuguesava as palavras estrangeira. Hoje não. Entrega passou ser simplesmente "delivery". Tanto é que um dia passando pela Menino Marcelo, vi uma placa que dizia: "faz-se delivery".

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